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Micro e Pequenas Empresas desenvolvem economia da cidade

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O setor emprega mais de 122 mil funcionários em Juiz de Fora e gera renda

As micro e pequenas empresas representam uma das principais vigas de sustentação da economia brasileira. Os números falam por si mesmos. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o setor representa 25 % do Produto Interno Bruto (PIB), gera 14 milhões de empregos e corresponde a 99% dos estabelecimentos formais existentes. Juiz de Fora acompanha a tendência nacional. Os números da base de dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o setor emprega mais de 122 mil trabalhadores na cidade.
O sucesso do setor é reflexo do bom momento vivido pela economia em geral. “O crédito, que é uma das maiores dificuldades para as empresas de pequeno porte, deve continuar em expansão. O Otimismo provocado pelo crescimento da economia tem garantido subsídios para que essas empresas continuem gerando renda e emprego”, afirma a economista Helena Giácomo. Sebastião Gabriel, 58, é um micro empresário. Há oito anos ele abriu seu próprio negócio no ramo de lanchonetes e, hoje, já emprega sete funcionários. “Comecei vendendo salgados de porta em porta. Quando vi que era o momento certo, resolvi arriscar e investir o pouco dinheiro que tinha numa lanchonete. Deu certo! Hoje tenho um apartamento, um terreno e dois carros.”, comemora Sebastião, que tem planos de expandir o negócio.

 Sebastião preparando um lanche no seu empreendimento, no bairro São Mateus.

Dificuldades
Apesar da boa fase, o segmento ainda apresenta algumas dificuldades que podem servir de entrave para a sobrevivência de alguns empreendimentos. “As dificuldades, na sua grande maioria, estão relacionadas à falta de planejamento dos empreendedores, que não focalizam seus mercados de interesse e público-alvo, direcionando produtos e serviços que não vão de encontro às necessidades e preferências de seus clientes, além de não estipularem diferencias competitivos que posicionem a empresa de uma forma diferenciada na ótica dos consumidores frente à concorrência”, comenta o analista do SEBRAE em Juiz de Fora, João Paulo Palmieri. Para o analista, a perspectiva do setor é favorável e acompanha o crescimento esperado pela economia brasileira, mas é preciso pensar como devem ser tratadas as micro e pequenas empresas nesse cenário de crescimento.
Qualificação e capacitação são elementos essenciais para reduzir a taxa de mortalidade dos pequenos empreendimentos. A economista Helena Giácomo ressalta a importância do estímulo aos empreendedores e às micro empresas como ferramenta eficaz ao desenvolvimento da economia de Juiz de Fora. “As micro e pequenas empresas são as principais responsáveis pela absorção de mão-de-obra na cidade. O caminho para se evitar que esses trabalhadores migrem para centros maiores é ampliar os investimentos para estimular iniciativas que gerem mais empregos”, enfatiza a economista.
As micro e pequenas empresas têm um papel fundamental no cenário econômico da cidade. No entanto, para alavancar ainda mais o setor são necessárias políticas públicas voltadas para o pequeno negócio, ampliação das linhas de financiamento e maior facilidade no acesso ao crédito. Só assim é possível promover um processo sério de desenvolvimento e garantir a competitividade desses empreendimentos no mercado local.

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