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A tecnologia como vilã da memória

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aparatos tecnológicos estão substituindo a boa e velha memória fazendo com que usemos cada vez menos o cérebro

Já se esqueceu alguma vez de um compromisso importante, de uma data especial ou mesmo do nome daquele parente distante? Se a sua resposta for sim para todos os casos, você faz parte de um imenso grupo de pessoas que têm problemas com a memória de curto prazo. Mas o que chama a atenção é que a tecnologia tem contribuído e muito para que esse grupo cresça ainda mais. Agendas eletrônicas, serviços de navegação de automóveis, e-email e tantos outros aparatos tecnológicos passaram de aliados a vilões da memória. Os serviços que antes não deixavam nenhum homem de negócios se esquecer de nada, têm agora sido apontados como os principais responsáveis pelos pequenos lapsos de memória de alguns jovens e adultos. Pelo menos é o que afirmam alguns médicos. Para o Dr. Paulo Sérgio Gonçalves as novas tecnologias têm feito com que as pessoas usem cada vez menos o cérebro. “Essas engenhocas modernas fazem com que as pessoas usem menos o cérebro para solucionar os problemas, o que diretamente afeta a capacidade da memória de reter essas informações”, comenta ele.
Estilo de Vida
Há quem defenda que os problemas relacionados à memória sejam exclusivos dos idosos. Mas para o neurologista Eduardo Maia, o problema está mais ligado ao estilo de vida do que à idade. “As pessoas não conseguem lembrar-se das coisas porque, para começo de história, estavam com a cabeça cheia demais para assimilar qualquer coisa”, afirma o neurologista. Muitos especialistas acreditam que a sobrecarga de informações torna difícil para alguns assimilar novas informações. Eduardo Marcondes é analista de sistemas e trabalha criando softwares para empresas do mundo todo. “Na correria do dia-a-dia é impossível confiar só na minha memória, se eu não estiver cercado das minhas agendas, meu celular e meu bip não consigo administrar as coisas. É muita coisa pra lembrar”, desabafa Eduardo, no auge dos seus 27 anos. Eduardo é apenas uma das milhares de pessoas que reclamam da rotina atribulada e da sobrecarga de informações. O estudante de Comunicação Social Maurício Oliveira divide o tempo da faculdade com o trabalho corrido em uma rádio de Juiz de Fora. “É uma rotina muito estressante. Trabalho com muita informação e sempre esqueço de algum compromisso ou do aniversário de alguém, mas faz parte”, admite ele.

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